quinta-feira, 24 de novembro de 2016
quinta-feira, 17 de novembro de 2016
terça-feira, 8 de novembro de 2016
terça-feira, 6 de setembro de 2016
Reflexão sobre o real problema na formação educacional.
A biblioteca roubada
“A Carta Roubada” é um dos contos
mais célebres de Edgar Allan Poe. Nele, o escritor norte-americano conta a
história de um ministro que resolve chantagear a rainha roubando a carta que
lhe fora endereçada por um amante.
Desesperada, a rainha encarrega sua
polícia secreta de encontrar a carta, que provavelmente deveria estar na casa
do ministro. Uma astuta análise, com os mais modernos métodos, é feita sem
sucesso. Reconhecendo sua incompetência, o chefe de polícia apela a Auguste
Dupin, um detetive que tem a única ideia sensata do conto: procurar a carta no
lugar mais óbvio possível, a saber, em um porta-cartas em cima da lareira.
A leitura do conto de Edgar Allan
Poe deveria ser obrigatória para os responsáveis pela educação pública. Muitas
vezes, eles parecem se deleitar em procurar as mais finas explicações,
contratar os mais astutos consultores internacionais com seus métodos
pretensamente inovadores, sendo que os problemas a combater são primários e
óbvios para qualquer um que queira, de fato, enxergá-los.
Por exemplo, há semanas descobrimos,
graças ao Censo Escolar de 2011, que 72,5% das escolas públicas brasileiras
simplesmente não têm bibliotecas. Isto equivale a 113.269 escolas. Um descaso
que não mudou com o tempo, já que, das 7.284 escolas construídas a partir de
2008, apenas 19,4% têm algo parecido com uma biblioteca.
Mesmo São Paulo, o Estado mais rico
da Federação, conseguiu ter 85% de suas escolas públicas nessa situação. Ou
seja, um número pior do que a média nacional.
Diante de resultados dessa
magnitude, não é difícil entender a matriz dos graves problemas educacionais
que atravessamos. Difícil é entender por que demoramos tanto para ter uma
imagem dessa realidade.
Ninguém precisa de mais um discurso
óbvio sobre a importância da leitura e do contato efetivo com livros para a boa
formação educacional. Ou melhor, ninguém a não ser os administradores da
educação pública, em todas as suas esferas. Pois não faz sentido algum discutir
o fracasso educacional brasileiro se questões elementares são negligenciadas a
tal ponto.
Em política educacional, talvez
vamos acabar por descobrir que “menos é mais”. Quanto menos “revoluções na
educação” e quanto mais capacidade de realmente priorizar a resolução de
problemas elementares (bibliotecas, valorização da carreira dos professores
etc.), melhor para todos.
A não ser para os consultores
contratados a peso de ouro para vender o mais novo método educacional portador
de grandes promessas.
Por
Vladimir Safatle, na Folha de S. Paulo
terça-feira, 23 de agosto de 2016
quinta-feira, 18 de agosto de 2016
Compartilhando conhecimentos
Compartilhando conhecimento temos a possibilidade de agregar valor e saberes ao que já fomos acessados, reconstruindo conceitos e atitudes as nossas práticas diárias.
Trocar experiências pedagógicas e interpessoais significativos no cotidiano, o blog permite maior interatividade.
terça-feira, 16 de agosto de 2016
Apresentação do blog
Em busca constante de conhecimento, novos desafios e objetivos para serem conquistados diariamente com autonomia e confiança que tudo é possível com dedicação.
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